5 Thrillers Populares que Decepcionaram vs 5 que Merecem uma Chance
Os thrillers populares dominam as listas de mais vendidos, mas será que todos merecem o hype? Nesta análise sincera, compartilho cinco bestsellers do gênero que me decepcionaram profundamente e outros cinco que, apesar da popularidade, ainda não li e estou curiosa para conhecer.
Thrillers Populares que Não Valem seu Tempo
Comecemos com os livros que, apesar do sucesso comercial, deixaram a desejar em termos de qualidade e originalidade.
“A Lista de Convidados“ de Lucy Foley encabeça minha lista de decepções. Após ler seu segundo livro, percebi um padrão frustrante: todos seus thrillers populares seguem exatamente a mesma fórmula. Um grupo isolado em local remoto, um crime misterioso, segredos obscuros e uma escrita pretensiosamente poética que não funciona. A falta de originalidade é tão gritante que parece estarmos lendo o mesmo livro com personagens diferentes.
“O Casal que Mora ao Lado” de Shari Lapena vem em seguida. A linguagem pobre e direta (“Fulano fez isso. Fulano viu aquilo.”) torna a leitura monótona. A trama sobre um casal cuja bebê é sequestrada enquanto eles visitam vizinhos é tão previsível que o plot twist se vê a quilômetros de distância. Embora aprecie thrillers “pipoca”, há um limite para a previsibilidade.
“Lock Every Door” de Riley Sager foi particularmente irritante. Além de escrever personagens femininas completamente inverossímeis, o autor conclui a história com um dos plot twists mais ridículos que já encontrei. A premissa sobre uma jovem trabalhando como “babá de apartamento” em um prédio misterioso de Nova York tem potencial, mas a execução é desastrosa.
“A Camareira” de Nita Prose representa outro problema comum nos thrillers populares atuais: a exploração inadequada de personagens neurodivergentes. A protagonista, claramente no espectro autista (embora a autora evite admitir), é retratada de forma que convida o leitor a rir de suas dificuldades sociais, não com ela.
Por fim, “A Última Coisa que Ele Me Falou” de Laura Dave ganhou o Goodreads Award e virou série com Jennifer Garner, mas é um “grande nada”. O que começa como um mistério sobre um marido desaparecido se transforma em uma jornada sem propósito, com revelações aleatórias que não fazem sentido dentro da narrativa estabelecida.
Thrillers Populares que Ainda Merecem uma Chance
Apesar das decepções, ainda há thrillers populares que despertam minha curiosidade.
“O Silêncio dos Inocentes” de Thomas Harris está no topo da minha lista de espera. Como fã do filme, tenho grande expectativa para o livro, embora seja tecnicamente o segundo da série Hannibal Lecter. A curiosidade de comparar as duas versões da história é irresistível.
“Pedra, Papel e Tesoura” de Alice Feeney divide opiniões radicalmente. Enquanto pessoas cujo gosto geralmente coincide com o meu detestam este thriller sobre um casal em crise que viaja para a costa escocesa, outros o adoram. Esta polarização me intriga – será realmente tão ruim quanto dizem?
“A Morte da Senhora Westaway” de Ruth Ware parece ter todos os elementos que aprecio: uma jovem vidente que dá golpes em Brighton recebe uma herança inesperada. Ware sabe escrever bem e brincar com elementos sobrenaturais sem abandonar o realismo, o que me atrai bastante.
“Murder Road” de Simone St. James, infelizmente não publicada no Brasil, mistura mistério com elementos sobrenaturais genuínos. A autora trabalha habilmente com duas linhas temporais, mantendo o interesse em ambas – algo raro. É uma pena que seus livros não estejam disponíveis em português.
Finalmente, “Flores Partidas” de Karin Slaughter aparece frequentemente no BookTube brasileiro. A premissa de um detetive investigando um caso onde o principal suspeito é um familiar ex-presidiário parece promissora. Diferente de outros autores populares criticados por má escrita, Slaughter é genuinamente elogiada por sua qualidade literária.
Portanto, esta análise de thrillers populares nos mostra que nem todo bestseller merece seu tempo e dinheiro, mas também não devemos descartar um livro apenas por sua popularidade. O importante é desenvolver senso crítico e, principalmente, conhecer seus próprios gostos.
E você? Quais thrillers populares te decepcionaram? E quais ainda quer ler? Compartilhe nos comentários!
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